“Não sou garota de programa, não. Sou puta. P U T A, pode falar assim, que eu acho melhor”. Diana é direta. Nascida em Cruz das Almas, cidade próxima de Feira de Santana, na Bahia, chegou em São Paulo com dezesseis anos, trazida pela mãe. Tem poucas lembranças do pai. Sabe que ele foi assassinado. Na época, Diana tinha sete anos. Curiosa, tentava fazer a mãe explicar o que tinha acontecido. Ela não dizia nada, então o assunto ficou por isso mesmo. Não demorou para brigar em casa. Depois de mais uma discussão com a mãe, decidiu ir morar sozinha. Sem emprego, sem planos, sem dinheiro.
No começo, conseguiu se virar bem. Arrumou trabalho como auxiliar de limpeza. Depois virou auxiliar de cozinha, de depósito. Uma amiga, então, revelou que estava trabalhando como garota de programa em uma boate no centro. E ganhando bem. Diana ficou tentada e acabou indo conhecer a "Garota de Ipanema", na rua Aurora. Ficou por lá. “Que mulher que começa nessa vida vai querer depois ir trabalhar por 400, 500 reais? Deixar de comprar bolsa, roupa, celular? Só para quando fica velha, muito feia. E algumas não param nem assim, né”.
O cotidiano de Diana, porém, não é tão fácil quanto ela faz parecer quando conta, rindo, sobre o último programa que fez. Todos os dias, faz a viagem de sua casa, em Jundiaí, até a Luz – uma hora e meia de trem. O expediente no Garota de Ipanema normalmente vai até as 22 horas. Mas, às vezes, quando há clientes e a noite está boa, ela fica até mais tarde e acaba dormindo ali mesmo, em um dos quartos da boate. “Não gosto né, não tem nada como dormir na nossa cama, mas às vezes é o jeito pra ganhar um pouco mais”, explica.
O assunto preferido de Diana são seus clientes. Muitos são fixos: aparecem sempre na casa já procurando por ela. Esses ela chama de “maridos”. “Puta também é psicóloga. Tem cara que vem aqui e paga cerveja pra ficar conversando, pra chorar, reclamar do chefe, da mulher, da vida”, conta ela. “Uma vez eu tava dançando no palco e um cara me abraçou e começou a chorar. Ele falava ‘eu te perdôo, Núbia, te perdôo por você ter me chifrado, eu te amo’. Entrei no embalo e acabei ganhando mais um marido”, lembra Diana, rindo.
Um dos “maridos” de Diana é Marcelo. Caminhoneiro, ele adotou o Garota de Ipanema como um dos pontos obrigatórios em suas passagens por São Paulo. “Ele é lindo de morrer. Um loirão alemão de um metro e noventa, forte, um dos caras mais bonitos que já entrou aqui”, diz a garota. Casado com uma mulher em Goiás, o homem uma vez apareceu na boate junto com um amigo. “Era um negão forte pra caramba, que ficava me olhando feio”, lembra Diana. Naquela noite, Marcelo propôs um programa em conjunto – ele, o amigo e a garota. Diana não queria, mas acabou topando. “Aceitei porque era um cliente bom, que sempre gastava bem. Mas tava com medo daquelas duas cobras enormes”.
Os três entraram no quarto, mas apenas Marcelo transou com Diana. Bruno, o amigo, ficou num canto, assistindo tudo. Então, depois de terminar o serviço com a garota, Marcelo chamou Bruno para a cama. “Mas agora você vai só assistir, querida”, disse ele para a baiana. Os dois transaram se revezando na posição de ativo e passivo. Diana ficou impressionada com a cena. “Nunca vi coisa igual. O cara lindo de morrer, casado...e gosta de homem e mulher. É coisa de maluco”.
Ver dois homens transando, porém, não foi das coisas mais difíceis. Entre as listas de fantasias extravagantes de clientes ela aponta o advogado Carlos como um dos que chegou mais perto de testar seus limites. Bem vestido, o homem contrastava com a maioria dos visitantes da boate. Falava pouco e já começava a beber. Pagava tantas bebidas que poderia aproveitar ali mesmo, transando nos sofás da casa, como muitos fazem ao encher a comanda. Mas o desejo de Carlos era impossível de ser atendido ali, sob o olhar de todos.
Nada de sexo. Ele entrou no quarto, deitou na cama com Diana e logo pediu: “abaixa a saia e mija na minha cara”. Primeiro ela riu, disfarçou, com medo de ofender o cliente, e disse que não sabia se conseguia. Os vários copos de cerveja que havia tomado com o advogado no salão da boate ajudaram. Realizou o desejo e achou que já estava livre. “Pensei que ele ia tocar uma punhetinha e ia embora, mas aí ele me pediu pra bater, bater com vontade”. Foram vários tapas na cara. Com medo de machucar o homem, Diana maneirava no peso da mão. Ele queria mais e mais forte. O rosto ficou vermelho, cheio de escoriações. Também levou alguns chutes perto da costela. Por fim, abriu a maleta e pediu que a morena introduzisse um vibrador no ânus. “Meu ou seu?” perguntou já em tom de reclamação. No dele, que gozou após cerca de uma hora que, para a baiana, pareceu uma eternidade.
“Fiquei com medo. Tanta coisa estranha que o cara pediu, a gente nunca sabe o que vai encontrar. Tem bêbado, desequilibrado, drogado”, comenta Diana, que gargalha enquanto conta a história.
Qual era o nivel dessa diana???
ResponderExcluirBoa caras, um Puta trabalho!
ResponderExcluir(PN da ca-ju-ti)
"Meu ou seu?", perguntou já em tom de reclamação. No dele, que gozou após cerca de uma hora que, para a baiana, pareceu uma eternidade."
ResponderExcluirPor favor, continuem com as postagens. Vocês ganharam mais um leitor...
Caramba, quero saber quem é essa Diana, pois também sou de Cruz das Almas
ResponderExcluirEu ainda vou lá pegar essa Diana e enterrar a minha pica de 22 cm no rabo dela e depois jorrar varios jatos de porra na cara dela. Me aguarde!
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